A gramática simples do inesperado
A fuga do tempo não mede a história que foi vivida.
Cada passo desfaz o ritmo veloz da memória e consolida o esquecimento tardio.
A busca do significado maior esvazia o descompasso caótico do disfarce agoniado e
a escrita estranha o sumiço das palavras, quando o poeta perde a inquietude que o vigia.
A gramática da vida não tem forma acabada, nem visita profundidades anônimas.
O mundo é mundo porque se desfez das origens e compõe o inesperado,
no abraço do mito que mulitplica o desejo e retoma os encantos perdidos.
A visita do acaso é anunciação da revolta dos arcanjos e da ansiedade sem passado,
da construção de uma estrada sem paisagem, nem ruídos.
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Belo!
Dayse
Grato, sua leitura anima as palavras e traz o encanto.
abs
antonio