A narrativa dos sustos
A falta existe, desde os tempos de inauguração do planeta terra. Ninguém conhece a perfeição. A incompletude faz parte da história, estimula a cultura, atiça a invenção. Nem tudo é animador. Os trapezistas também caem,os falsos profetas não deixam de existir. Tudo isso trai a esperança, nos coloca isolados e descola o sentimento do coração solidário.
O planeta terra vive uma agonia incomensurável. Muitos confessam uma tristeza que intimida e desconfia. Outros querem ganhar, encher cofres, empurrar os desiguais para abismos. Como refazer o que está sendo desmontado? Há quem ria dos atropelos e ainda divulgue preconceitos. Parece que o lado obscuros do humanos atua como um animal feroz e ressentido.
Sempre me pergunto como as diferenças se fixaram e se avolumam globalizadas. O pior: as alternativas não conseguem iluminar novos caminhos. Canso-me de não desejar de acreditar em infortúnios permanentes. O desespero não resolve, porém quem não tem água para lavar as mãos, quem não consegue sair dos vazio da fome e elege aquele que segura privilégios como se lançará na aventura? Melancolias fatais…
A narrativa da história descreve sustos. Não bastam as guerras, nem as preces de pastores que vendem salvações fabricadas. Sente-se peso, a cabeça dói, as imagens desenham assombrações.A turbulência anuncia futuros desequilibrados , a memória navega nas lembranças de torturas e perversões. As pedras não abandonarão as palavras do poeta, mesmo que as utopias resistam e lutem pela transformação.
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