A política: lugar de desgoverno sem fim?
A confusão se amplia. Muito choro, muitas velas. Não há como ser ausente às tantas idas e vindas da história. Existe quem exija objetividade e segue mandamentos cartesianos. A justiça se torna a letra exata, ditada pelas inteligências supremas. Desconfio. O que menos sobrevive é a certeza. A sociedade está dividida e repleta de análises paradoxais. Há ingênuos que ficam paralisados. Não olham o passado , não percebem com tudo vem sendo articulado. Mudam de opinião para garantir amizades ou de olho no voto.Ficaremos na corda bamba, trancados no quarto sem janelas? Ninguém responde, pois os privilégios continuam presos na ganância de uma minoria. E Aécio tem armaduras?
Temer está complicado, cercado de acusações, mas cultiva o cinismo. Possui companheiros que gostam do poder. Vive uma esquizofrenia desafiante. Talvez, seja o excesso de Viagra. Não dá para compreender a fogueira de vaidades. Os caminhos são tensos. Estão forrados com granas e ambições. Sinto uma atmosfera doentia. As indignações não se foram e os ruídos persistem. Adivinhar o futuro é coisa de feiticeiro bem sucedido. As análises mostram que o sistema competitivo queima afetos e legitimidades. Numa sociedade em que as vitrines são fundamentais, as desconfianças permanecem e suspeitas não são chutes. O que diriam Adão e Eva?
Há abatimento, frustrações, jogos. A política lembra crenças religiosas, falsificadas por interesses vazios. Muitos cultivam a fé fragmentada e elogiam perdões, fazem da vida uma corte aos mais poderosos, assumindo disfarces. Querem naturalizar o capitalismo. Não discutem sua lógica. Muitos dependem do movimento do mercado. Fabricam ingenuidades impossíveis.Não se engane. Há quem formule um discurso para cada momento. Sacodem a poeira, tocam fogo, depois se tornam pacientes e desaparecem. Por isso, o tempo linear e progressivo merece ser banido. A ética não é só sonho, sofre pesadelos, adoece.
O conhecimento intelectual serve também para ajustar argumentos. Provoca admirações e seguidores. As redes sociais não dispensam polêmicas. Existe quem não passe sem elas. O quebra-cabeça compõe-se de formas esquisitas. As palavras sempre acompanham os que se adornam com saberes. Ganham eleições internas, viram ídolos, se agrupam, visitam-se. A tecnologia trouxe novas medidas, uma mídia sofisticada e um deslumbramento com as mágicas velozes. As propagandas fazem as armadilhas. Estamos numa sociedade de consumo e muitos compram suas identidades. Não se tocam com a vergonha.
Quanto ganha Karnal por cada palestra? É o novo sacerdote dos desamparados? Os naufrágios acontecem e as desistências ferem os ânimos. Nunca a imaginação está morta. Ela balança com as apatias e as noites mal dormidas. De onde vem a história, não sei. Qual o cenário dos deuses? É difícil decifrar.Não acredito numa sociedade de harmonias. O conflito não é novidade. As permanências lembram passados, testemunham ruínas. A intolerância faz estragos. Os risos reforçam o cinismo, se banham nas águas da contradição. Mas o coração bate, reconhece as dores. distingue os exilados, os covardes, os efêmeros. O mundo não tem uma só cor. Acorda com o barulhos das balas e dos boatos. Não é sem razão que se curva e se atormenta.
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