As paixões da bola nas andanças cotidianas
Falta certo tempo, mas o planejamento não nega urgência. Haverá uma Copa que transformará o cotidiano e trará muitas polêmicas. Ninguém nega que o futebol está infiltrado nas paixões que movem a cultura brasileira. Não são as mesmas de anos atrás. Muitos divertimentos ganham espaço na sociedade. Não podemos afirmar que tudo permaneça no ritmo de sempre. No entanto, as disputas clubísticas fazem parte intensa da vida da maioria da população. Existem as torcidas organizadas que não se cansam de aprontar discórdias violentas. As notícias mostram que o futebol exige medidas de reformulação, mas há vícios administrativos e desacertos incríveis.
Para que a Copa tenha amplo sucesso, o governo se move com promessas frequentes. Há um cronograma a cumprir, dinheiro flutuando, denúncias constantes. Há uma corrupção que procura disfarces. É difícil. Os gastos são multiplicados.A confusão é comum. Ficam, sempre, as dúvidas. Talvez, nem tudo esteja pronto como deveria. A Fifa não deixa de mandar ordens. É impositiva. Além disso, atiça desconfianças, não simpatiza com o presidente Marin, figura contestada pelo passado ligado à ditadura militar. Portanto, o quadro é pouco harmônico. As insatisfações correm para todos os lados.
Para complicar, a seleção brasileira anda jogando pedra em santo. Os jogadores parecem descomprometidos. As jornadas de trabalho exaurem o talento. Muita fama, divagações milionários, vontade de ir para Europa. O fracasso ronda as expectativas dos críticos. A Copa das Confederações servirá como teste. Não vamos cultivar pessimismos. O futebol surpreende, traz alegrias inesperadas. Nós já fomos os melhores do mundo. Hoje, assistimos aos alemães darem espetáculos. Quem diria? As reviravoltas acontecem e marcam. O Barcelona curte, agora, um desmatelo que não estava previsto. E nós, aqui, esperando milagres e magias.
Não adianta fixar frustrações. Há possibilidades de mudanças. As obras para garantir o êxito da Copa aceleram esforços. A perfeição foge dos humanos. Falhas existirão. O pior é o que fazer com tudo isso, num país cheio de desigualdades. O lazer é uma saída para agilizar as celebrações. Ninguém quer mergulhar em tristezas sem fim. É preciso, porém, não se descuidar das outras coisas. A economia apresenta hesitações. A política visualiza o poder com uma sede imensa. Muitas questões se misturam, causam descontroles. Por isso, não cessam as discussões. A sociedade não larga seus temores.
O futebol é uma paixão. Há quem, contudo, nem se lembre que ele assanha multidões. Não há homogeneidade em nada. A cultura tem sua construção desenhada pela diversidade. Resta não esquecer que o futebol não é algo passageiro, dependente de datas supremas. Ele está presente no dia a dia. A memória de seus feitos não é pequena. Portanto, a atenção é justificada. Cobrar equilíbrio nos gastos é dever da cidadania. Com certeza, as divergências não se ausentarão. Há o desejo de vencer e de recuperar histórias. Definir como tudo ocorrerá é malabarismo de profeta. Os escritos não dão conta de tantas idas e vindas. Os temas da bola seguirão sua saga. As inquietações se renovam e os apaixonados não perdem seus corações.
You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.