As tecnologias confundem e traçam poderes
A cultura não cessa de conversar com o mundo. Não pense que o sossego abafará todos os ruídos. Há momentos, porém, silenciosos. Mesmo com a massificação crescente, não vamos visualizar a sociedade com as mesmas cores de sempre. Observe que há uma renovação constante, só não acredito que ela tenha sentido de qualidade. Sei que as opiniões divergem. Longe dos totalitarismos, ficamos bem mais próximos dos sonhos democráticos. Tenho minhas intuições. Não as defendo como verdades adormecidas, mas não nego que a sensibilidade também flutua. O cosmo viaja nas asas de pássaros inquietos. Portanto, os registros da transgressão e da ordem são instuintes e desafiadores.
A conversa da cultura com o mundo não é anônima. Traz as dúvidas e as incompletudes, tudo se estendendo no leito da história, em cenários que necessitam de decifração. O olhar atento é um exercício da vida. Nem todos o valorizavam. É insistente, porém não há como esconder que o tempo tem formas que não se fixam. A sociabilidade se veste com as danças do tempo. Sempre, temo práticas que fragmentam e pouco se ligam aos sentimentos dos outros. Para mim, o apocalipse possui o rosto de um individualismo cego e interiorizado.
A tecnologia aprofunda as conversas com o mundo. Ela busca respostas, não desprezas aflições, mas cultua vaidades. É um engano enredá-la no território das neutralidades. Já se foi a crença no progresso, o otimismo nas fórmulas mágica, descompromissadas com a concentração de arrogrâncias. O saber continua, contudo, firme nas suas alianças com o poder. A tecnolgia sorri, acena com curas e certezas. No entanto, quantos governos e corporações se aproveitam dela politicamente? O famoso discurso competente envolve a sociedade com sutilezas de quem anuncia as vantagens de um creme dental. As navegações se complicam, porque a tenologia requer respostas rápidas que, às vezes, nem guardamos na memória.
O sistema educacional exalta muito seus feitos tecnológicos. Não ressalta de que maneira produz mais abertura para conviver com as diferenças. Valem as pontuações, as estatíscas do números, o ânimo dos estudantes para brincar com a máquinas. A impessoalidade dos contatos torna-se um hábito. As esquinas deixaram de ser ponto de fofoca ou confissões amarguradas. O telefone fixa informações urgentes, quando a internet passa por instabilidades. Tudo ganha um nome, com se fosse ser vivo e autômono. A sociedade administrada vende ilusões que surgem rápidas nas curvas, surprendendo seus consumidores.
Pois é. As escolas públicas promovem campanhas gigantescaaa de matrícula. Ampliam-se vagas, socializam-se oportunidades. Nesse processo, a informatização penetra com sua agilidade. Contudo, não esqueça que é preciso saberes especiais para manejá-la. O que indicam algumas escolas públicas ( não é ficção, mas relato de alguém): procure uma lan-house. Já existem esquemas para auxiliar os desfavorecidos. A tecnologia se impõe com suas tramas e ardis. Mostra que a conversa não morreu. Ela salva muitos, com informações claras e simples. A pressa celebrada é, muitas vezes, o grito do vencedor testemunhando o fracasso do vencido. A confusão é o meio de fazer desaparecer as poucas tranaparências. Simula ignorâncias e reencanta poderes.
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A informatização que tanto é pregada na era moderna, impede em grande parte, o processo de gerenciarmos as formas de lidar com a vida em seus diversos aspectos. No entanto, suas caracterizações se dá de modo a proporcionar ao homem novos conhecimentos, que são ótimas ferramentas, mas é claro se usada de modo que favoreça benefícios que lhe são intrínsecos, pois o seu manuseio nos redimensiona a desenvolvermos a sociedade para momentos que marcam a história, mas que também trazem regressões e problemas no cotidiano. É vivendo que praticamos as formas de compreendermos a desenhar o percurso da história do ser humano.
Abs
Emanoel
A tecnologia pode ter várias utilizações. Depende quem a instrumentaliza nas relações de poder. Tudo é mesmo uma construção social que marca o momento histórico.
abs
antonio paulo