As travessias perigosas e egoístas

 

Nunca vi tanta confusão na política. Algumas ensaiadas com ajuda da mídia e desespero de quem sonhou Temer como o santo da Republica. Não é apenas o Brasil que passa por escorregões. O capitalismo precisa urgente de reforma e busca seu caminho atropelando os desfavorecidos. Trump está no poder. Quem sabe o que vai provocar? As experiências não vingam, terminam trazendo autoritarimso. Há uma inquietação geral. Quem governa não se acha seguro, quem protesta se encontra com repressões e mentiras.Portanto, as possibilidades de diálogo se esfacelam. A lei se fragiliza. Ficamos com instituições indecisas. A precaridade se mostra em todas as esquinas.

Resta a violência que se espelha. Muito fome, incêndios, falta de atendimento médico, salários atrasado, tudo isso compõe um sufoco opressor. Não pense que a violência é algo físico e corporal. Ela toca nos sentimentos, deixa a sociedade sem compasso. As ações obscuras do Congresso são violentas. Fermentam desempregos, fechar o circuito para quem deseja sonhar. O capitalismo se amplia quando consegue exaltar valores e massificar o consumo. Hoje, existem consultores que sabem manipular ideias e se soltam na imprensa. A tecnologia sofisticou a dominação. Há quem se agarre nos seus empregos privilegiados de forma feroz.

As saídas se estreitam. Quem sabe se Temer não será acolhido pelo PSDB como seu novo membro? Renan discute, se irrita, já foi companheiro de Collor, não merece confiança. Os juízes estão enfeitiçados. Brigam entre eles, desafiam os pareceres e se sentem imperadores. Não há serenidade, mas uma gritaria para possuir lugares. Não faltam insultos e quebras de dignidade. Reclamam dos arrastões, mas esquecem do cinismo que inunda Brasília. Qualquer reação é transformada em terrorismo. A política se dilui com espaço de aprendizagem. destrói a memória, visa o luxo e a arrogância de uma minoria. Não só aqui. O genocídio, na Síria, é imperdoável.

Todos estão querendo o mapa do futuro. Ela não existe. As ameaças atuam para intimidar sem limites. Se o capitalismo se reanima, outras questões surgirão, novas respirações. Não se iluda, pois o fôlego da exploração é cruel. Não sei se há uma naturalização de certas práticas, antes temidas ou a história permanece com tensões constantes. É difícil. Deixar o barco navegar à toa é romper com as luzes da mudança. Jogue fora a apatia, não se separe das reflexões.Não dá para ficar em cima do muro. Se não há critica, afundamos numa sociabilidade recessiva e numa concentração de riquezas. A harmonia nunca existiu, sempre houve divergências. Estamos no meio delas, cercados de espertezas infames.

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