Capitalismo se redesenha no cenário internacional
O capitalismo convive com crises. Elas mudam de ritmo, nem sempre ameaçam , profundamente, as estruturas. Não poderia ser diferente. As dissonâncias existem, porém surgem alternativas e o sufoco desaparece. A última grande crise foi avassaladora. Perturbou as finanças dos Estados Unidos, ressuscitou medos. O poder de compra se abalou, mercadorias sobraram e muitas empresas não mantiveram suas portas abertas. A instabilidade trouxe problema para o governo de Obama. Ele tem negociado soluções. Sente-se na beira do abismo, mas apela para seus adversários republicanos. Teme queda total.
As conversas prosseguem. Mostram as fragilidades do capitalismo. Nada é para sempre. A cultura fabrica desequilíbrios e tenta contorná-los. As relações sociais se transformam. Ninguém consegue apagar as contradições. O problema é como não perder a respiração. Os contrastes são visíveis, em todas as épocas. Lembre-se dos Impérios do Oriente Médio, das cidades medievais, das colonizações, do desmantelamento trazido pela exploração da África. Sonha-se com estabilidade. Nada contra, a vida exige idealizações para suportar suas amarguras. No entanto, não custa afirmar que o aumento da população multiplica as questões e enfraquece utopias.
As relações de poder curtem instabilidades. Roma teve seus séculos de glória. Veneza foi um centro comercial destacado. A Inglaterra passou séculos numa soberania indiscutível. Os Estados Unidos se fortaleceram e espalharam suas ambições pelo século XX. A potência admirada, com um exército organizado para enfrentar os inimigos, desnorteou adversários e firmou liderança. Perdeu, inesperadamente, uma guerra para o Vietnã. Foi um baque no seu orgulho, aparentemente, inexpugnável.O mundo não se cansa de buscar formas. O capitalismo manda na mesa do jogo, porém outros donos do baralho manipulam cartas.
A Europa se remenda com ajudas, pois as dívidas se avolumam. Grécia, Espanha, Portugal se encontram em situação pouco agradável. Choques com a polícia marcam o cotidiano da população de Atenas. O acirramento dos problemas leva os governos a fazer cortes nos orçamentos e diluir antigos direitos sociais. Isso é muito grave, para quem se movia numa sociedade baseado no bem-estar e na segurança. Portanto, as tensões não são resolvidas e o desemprego é um fantasma presente e demolidor.A reviravolta na economia não é o fim do mundo. A inquietude significa que as peças ganham outras cores e as regras sofrem interferência de outros senhores.
Se os Estados Unidos se balançam, a China se expande e dita certas normas da economia. Ela vive impasses, contudo está investindo, exportando para todo mundo e incomodando as antigas hegemonias. Os automóveis chineses já começam a ter espaço no mercado brasileiro. Preços baixos e sofisticações atraem o comprador. Há desconfianças, porque a China é nova na produção de autos. Isso faz parte do impacto inicial. A tradição também passa por metamorfoses. O capitalismo pula abismos, com o auxílio de um país que, antes, se fundamentava nos princípios do socialismo. Cadê a famosa Guerra Fria e suas peripécias diplomáticas, assustando a paz ? O ritmo da história traz novidades e arrasta disputas, promove conciliações e arranha memórias. A astúcia tece outros bordados.
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