Moradias das amarguras

A vida atravessa muitas encruzilhadas. Não é possível senti-las plenamente. Mas cada uma cresce, definha, se desfaz, aumenta seus desejos. Definir a vida é apenas uma brincadeira ou um malabarismo.Estamos sempre buscando figuras, extravagâncias e o mundo anda com força. As mudanças provocam perplexidades. No entanto, restam práticas danosas e as amarguras deixam estragos.

E o sustos? As manchetes carregadas de violências? Observaram como se comportam as amizades de Jair e família? Inacreditável. A história segue, as pedras estão nos caminhos e as ameaças não são poucas. Há quem curta o perigo ou entre no campo da indignidade. As falsidades não se calam e as utopias adoecem,É preciso respirar fundo e não se encantar com os salvadores da pátria.Messianismo debochado.

Flordelis mostrou que não há limite. Ainda sorrir e agita o nome de deus. Possui uma gigantesca astúcia para o mal. Difícil explicar, porém intimida e desespera.O grupo do ódio é cruel. Traz mazelas, consegue atrair desenganados. Histórias que derrubam esperanças e criam moradias infernais. O cotidiano se enche de opiniões e as notícias se espalham como mercadorias. Os agentes da desigualdade conseguem espaços e se infiltram como representantes de uma sociedade apodrecida. Lixo e luxo.

Lamentamos. A divisão é grande e as intrigas não cessam. Haverá um mundo digno , sem amarguras? Navegamos.Perguntas, ondas fortes, milícias, crianças perdidas, refugiados aflitos. Cada estrada tem sua largura. Freud denunciou o mal estar. Sartre alertou para as armadilhas. As explorações se firmam e o vírus é um fenômeno. Dá medo, surpreende, isola. Quem não quer voar e abraçar o azul? O espanto fecha os olhos, esquece que as lágrimas não se ausentam.

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