Não se agonie com a saudade
Faltam o começo e o fim. Ou ninguém sabe se eles se escondem em algum labirinto? Contam-se muitas histórias.Elas perdem-se, mas buscam resolver angústias. O que fazemos por aqui? Existem fadas e duendes? Caim foi mesmo o autor da morte da Abel? As histórias buscam respostas, caem em fantasias, revelam fraquezas de deuses. Soltam-se pelo mundo, sacodem conversas, trazem boatos que arrasam dignidades e deixam o rei nu. As relações entre as pessoas sofrem abalos, mas surgem amores inesperados.Tudo acontece. A terra se diverte e se acende.
Chega a saudade que anuncia que alguém se vai. Toca no coração. Para que partir e desfigurar a emoção? Porém, as paixões nem sempre se renovam, a vida é acaso, os sentimentos não possuem regras. Amo quem se casou com o ritmo dos meus encontros. Se há uma quebra, o tropeço se estende e a saudade inventa suas dores.Imaginações se espalham e incertezas provocam desejos inesperados. Um dia a casa se desmorona e as fugas deixam o passado e enfrentam o presente. O tempo é tempestade.
No entanto, não eternize a saudade, nem considere o amor um símbolo de algo inesquecível.Tudo passa, a dor se mascara, a beleza envelhece, alguém repete um adeus..Por isso, se localiza o começo em muitos sentimentos, porém o fim é enigma. As profecias são ditas para os malabarismos dos desencantos. Quem sabe se o futuro não matará o vírus que sepultou o abraço? Sinto falta das coisas e saudade de quem se foi. Há entrelaçamentos que explicam as partidas e vazios que transtornam esperas inúteis.
Não adianta escrever certezas.Elas se misturam. Não adianta amar para segura os sofrimentos. A vida não promete nada. A sociedade não se escraviza em linearidades. Aposte que na esquina existe um mistério, Não se engane com quem se envolve com populismos. Respire quando a saudade se firmar. Um dia, ela enfraquece. Há recomeços, há diferenças, há histórias das mil e uma noites. O azul pode está nas suas mãos. Ele tem a cor da saudades que você jogou fora, para embarcar no navio de Ulisses. Cuidado com as sereias e os monstros sem nome. Adeus.
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