Nos olhares das saudades

 

Não há amor que não desenhe saudades, mesmo que as mágoas permaneçam sólidas.

Cada sentimento arrasta a vida pelas histórias que são sempre recontadas e esquecidas.

Não há como seguir sem retomar o fôlego , sem reconhecer o desenho do corpo na imagem tardia.

Há cansaço inquieto que anuncia questões e se perde em respostas indefinidas e confusas.

As construções das geometrias não garantem horizontes, nem a linha reta dos sonhos.

Narramos os instantes porque as profecias mostram a escassez e o desequilíbrio,

somos mutantes nas incertezas dos mistérios, desenganados com o desfazer dos tempos.

O existir se prolonga nos vazios que pedem perdões e se sufocam nos perfumes.

Não fale do que pertence a um passado que não foi seu, mas do olhar que fixou o desejo.

You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.

Deixe uma resposta

XHTML: You can use these tags: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>