O capitalismo : o reino dos disfarces articulados
A política não anda sem a parceria do capital. Falo do tempo que vivemos. A China se tornou um modelo globalizado. Toda a amargura do mundo mora na Venezuela. É o que diz muita gente. Será que sabem a localização da turma do Maduro? Sei que a situação está terrível para os países que não conseguem espaços no mercado. O importante é lançar novidades, fazer pactos e comprar apoios. A ética pegou uma virose quando consultou o zap. As tecnologias se revelam poderosas. Entram na educação estimulando distâncias e virtualidades. O reino da propaganda alimenta labirintos que ensinam a curtir vendas de conhecimento acumulados. Pedagogias do êxito com desenhos filantrópicos.
As eleições debatem sobre economia. Ninguém sacode as manipulações do capitalismo. Por que há o desemprego? Por existem tantos escritórios de assessoria para salvar empresários que se sufocam na crise? As mudanças políticas, nem sempre, expressam uma opção da dignidade. Alguém aprende algum jogo e vai ensinar ao outro jogar. O que traz perplexidade é forma do disfarce. Os saberes descobrem os caminhos que levam ao sonho da conta bancária, antes vista como profana. Quem antes se perdia nas escolas noturnas, hoje se encontra com antigos inimigos. Há quem se aproveite de experiências rebeldes para se fixar em salários bem comportados. Ainda rezam e cantam hinos sagrados. As seduções circulam com charme de colunas sociais.
Portanto, não entendo certos medos que se espalham. Mandam as pessoas para Cuba como se lá fosse o inferno e aqui os privilégios estivessem distribuídos. Não se trata de defender o autoritarismo, porém de alertar para o desconhecimento histórico. Espalham-se notícias, falsificam-se dados e esquecem que o passado não se apaga. A luta pela narrativa faz parte da política. Procuram cores, futilidades, articulações televisivas e exaltam que a saída capitalista precisa de uma boa gestão. Não se iluda com aqueles que se protegem com armaduras. Ressentem-se de muita coisa. Leia a história de Paulo Guedes. Reflitam sobre o poder dos cofres.
Não consigo negar que o capitalismo passeia pelas ansiedades políticas. Observo as ideias de Jair e receio que as ruínas ganhem lugares. Haddad promete reformas sociais, se toca com a desigualdade, no entanto há barreiras e negociações. Fernando Henrique padece de uma vaidade crônica. Talvez, tenha parentesco com um Narciso mal resolvido. Só os partidos menores gritam por uma revolução. Não conseguem adesões e se trituram em disputas internas. Estamos passando por uma fase que destrói fantasias. Isso não anima generosidades. Solta-se a violência, conta-se a aventura da guerra. O gosto do fracasso ameaça arrastar uma epidemia de desamparos. Mas há quem sorria e balance sua revista de tio Patinhas.No reino do capital não é proibido ser cínico.
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