O historiador faz sua história

Quem imagina um mundo de harmonias plenas terá decepções. Os desencontros são constantes, apesar dos sonhos e das utopias. Não vamos deixá-las isoladas.É importante saber que há desigualdade e exploração, mas que é preciso não desistir.Nem todos cultivam violências e malícias. As experiências são diferentes, surpreendem, colocam incertezas. Dispensar a ambiguidade é erro, porém saber dos seus segredos é uma sabedoria.

O ofício do historiador tem uma fundamental abertura para buscar relacionar vidas e não esmorecer com os desenganos.Escrever é uma conexão que traz possibilidade para reinventar os caminhos a percorrer. Cabe ao historiador não apenas fabricar cronologias, ficar perdido no meio de papéis. Seu ofício é uma investigação que poder reconstituir o que parecia findo. Portanto, nada de viajar pelo mediocridade e cantar a mesmice.

Conhecer os tempos e as relações sociais indicam complexidades. Elas se transformam. O historiador não deve se fixar na homogeneidade. As perplexidades tocam em passados distantes. A novidade talvez seja uma armadilha. Há sempre como reescrever, perguntar, analisar, para que o mundo respire e não sucumba.Os labirintos possuem saídas e travessias cheias de multiplicidade.

O historiador faz a história, nunca é o mesmo nas suas conclusões precárias. Os significados mudam e os muros são derrubados para que a liberdade suspire. Não há uma história fechada no cofre e inatingível. Ser historiador é correr riscos, ousar traçar metodologias para além de um cotidiano comum. O compromisso com a sociedade se completa com as narrativas. Não é uma questão de verdade definitiva.A história voa e o historiador é o seu beija-flor.

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