O luxo da conquista faz parte do mercado da bola

 

Começam a esquentar as aventuras do futebol brasileiro. Os campeonatos regionais chamam a atenção, pelas rivalidades antigas. As torcidas gostam das gozações e de recuperar histórias de glórias. O jogo não tem, hoje, uma trama tão simples como aparece. Está envolvido com muitas negociações. Funciona como uma bolsa de valores, com outras astúcias, mas dentro dos esquemas do capitalismo, sem maiores pudores.

Em Pernambuco, a expectativa maior é com a disputa do hexa. O Sport se prepara, com contratações, e espera desbancar o Timbu. Há um dito que proclama que hexa é luxo. Os alvirrubros sabem disso e o usam para humilhar seus opositores. O Leão tem uma boa base, reforçou certos setores e se mostra mais organizado. É a fase, com falam alguns, entusiamados com as conquistas.

O rubro-negro se ressentiu de tempo para aprimorar a forma. Isso pode trazer surpresas. Não basta um elenco articulado, mas vontade e cuidado com as obrigações são básicos. Os profissionais do futebol sofrem muitas críticas pelas suas noitadas, não muito comportadas. Há, inclusive, queixas que os salários não justificam a fama e o empenho de certas figuras. Existem os que conseguem se firmar, rapidamente, e ficam deslumbrados. Festejam a boa grana. É um cenário do mundo contemporâneo. A ilusão que pode causar desmontes.

O Náutico não se escondeu. Ficou na espreita, porém se reforçou. Trouxe bons jogadores, quer esquecer as amarguras do ano passado. As dificuldades financeiras continuam. As dívidas dos clubes brasileiros são astronômicas. O Flamengo contratou Ronaldinho, no entanto deve salários de 2010. É um mistério, como tudo se resolve, e a popularidade do futebol se mantém viva. Vinte mil pessoas festejaram a volta do Gaúcho e o delírio invadiu a Gávea. No caso local,o Náutico se prepara, sobretudo,  para negar chance do Sport ser hexa. 

O Santa Cruz refez o elenco. Contratou muita gente e vem se arrumando. Seu abismo é maior do que os desencontros dos outros. Não falta badalação dos seus adeptos e atletas com discursos de vitória. Parece um sonho geral. Todos ambicionam o carimbo de ídolo e entrar para a memória do clube. Os tricolores não se cansam de criar otimismos, apesar das frustrações incessantes. O Santa necessita retomar seu lugar, dizem os mais fanáticos. Recordam-se de craques como Gena, Fernando Santana, Detinho, Luciano que simbolizavam a alegria e os títulos .

Os maiores destacam-se, porém Central, Salgueiro, Vitória, Araripina, Porto, Cabense, América estão firmes e poderão aproximar-se das posições mais ilustres. Não há  linearidade, nem profecias. Jogo é jogo. Vitória, derrota ou empate. A dança é para todos, com diversão e contrariedade, vaias e aplausos. Na primeira rodada, a calmaria foi geral. Santa, Sport e Náutico batizaram seus favoritismos. 

 O público compareceu, com boa frequência. Mas estamos , apenas, no início de uma longa trilha que prossegue nas peripécias do domingo. Muitas reclamações sobre o cronograma  dos jogos. Os  problemas, na arbitragem de Cláudio Mercadante, já despertaram polêmicas. Ele foi punido.Vão sobrar intrigas e a Federação sofrerá com acusações. É o que se anuncia.

You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.

2 Comments »

 
  • Gustavo disse:

    Antonio,
    este ano teremos duas boas novidades: o Sport hexa e a volta por cima do histórico América!
    Abraço,
    Gustavo.

  • Gustavo

    Pois é. O futebol não tem mais aquela emoção. Mas vamos apostar. Grato. Bom ter notícias.
    abraços
    antonio paulo

 

Deixe uma resposta

XHTML: You can use these tags: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>