O político profissional e as celebrações do cinismo

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O ano começou fervendo. Sofrimentos com as tragédias alertam que o desgoverno é grande. Não é recente o abismo. Falta base para que as relações se modifiquem e se pense em alguma coisa parecida com democracia. Não se surpreenda com as jogadas. Elas fazem parte de uma estrutura carcomida, mas que se lança como nova. Os deputados e os senadores costumam fortalecer suas espertezas. Justificam suas ausências no Congresso, correm dos debates e vão curtir os privilégios. O alvo é o poder mais próximo de Jair. Não se importam com crenças, com os absurdos da Vale e subestimam seus eleitores. Disfarçam-se com uma habilidade carnavalesca.

A folia é profissional para quem se firma em Brasília. Fazer negócios, garantir a cadeira, tomar cafezinho e participar de banquetes. Tudo se vende, dizem alguns. A manobra não é feita sem astúcias e especializações. Os políticos possuem assessorias montadas com esmero, não estão desprovidos de artifícios tecnológicos, viajam para o exterior, afirmam apoios aos seus prediletos nas maracutaias. Há uns poucos que se salvam. Existem desafios, críticas ao deboche, promessas de mudanças. Porém, a maioria se entrelaça com planos conservadores. tripudiam.

É interessante como a repetição não se cansa, como a mentira voa sem pudor. Os preconceitos tomam seus lugares. Uns escondem os compromissos com a milícias, outros desqualificam os trabalhadores. Há quem mude de religião, apaixone-se pelas orações mais esquisitas. A  atmosfera é nebulosa. Por isso, o desânimo se torna um lugar comum. Como acreditar em exercer a representação querendo concentrar seus privilégios? A conversa é pessoal e mesquinha, num mercado que apronta vícios nas escolhas e produtos dignos de aposentadoria. Cria-se o caos para enganar os ingênuos e justificar as falcatruas. O novo tem uma capa cinzenta e suja.

Imaginar uma outra forma de consagrar as relações políticas é uma ousadia. Os gritos de rebeldias são silenciados, embora os inconformismos se apresentam. Nem tudo é simulação. Há quem sinta a necessidade de reforçar a coletividade, de mostrar os desequilíbrios e afastar dos conchavos cotidianos. O pior é que a imprensa depende financiamentos e os mais combatentes se perdem oprimidos pela flata de recursos.  As instituições se corrompem com facilidade. Observe como as mineradoras se mantêm impunes e a ameaça ao meio ambiente destruidora e cruel. Não se acanhe de se desfazer da timidez. Desconfie dos seus ídolos e da sua fé. Eles moram no exibicionismo dos espelhos pálidos. Lamente as perdas que ensinam coragem.

 

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