O que sei é que quase nada sei

 

 

As instabilidades deixam todos inseguros. Não pense que Temer ri gratuitamente. Há disfarces, os políticos são atores qualificados para multiplicar fingimentos. No entanto, as complicações não desaparecem. A expectativa é geral. Notícias de hoje não servem para amanhã. As interpretações da leis possuem sábios aplaudidos e manobras vergonhosas. Moro é o capitão da América e sonha com glória. Deseja ir para os Estados Unidos. Suas declarações mostram estimas elevadas. Surgiu e ficou. Herói nacional de muitos que não se esforçam para medir suas críticas. Confusão no ar, ninguém prever o futuro, a economia descendo a ladeira, o descrédito aumentando, a droga solta no mercado com violências autorizadas

As instituições estão, visivelmente, quebradas. Não conseguem dar respostas. O Supremo se contradiz, as Universidades submergem, as famílias tropeçam na ética, não formam os filhos para o mundo. As dissonâncias andam em ritmos nada estéticos. Não se trata de relembrar as vanguardas modernistas. A ameaça de caos se propaga, porque o lema é acumular. Tentam apagar as memórias das revoluções, dos tempos de inquietação. Vale o pragmatismo. É preciso ficar atento, pois os interesses mudam as cores de forma sutil e opressora.Não esquecem da reprimir.

Se a dúvida é jogada fora, o instituinte se fragmenta. Castoriadis é autor que reflete bem sobre as mesmices do contemporâneo. Há um conformismo agudo, celebrado na empolgação por mercadorias. O afeto vai para a lata do lixo, pois o importante é o poder de aquisição, as falsas tapinhas nas costas. Volte ao passado. Recorde-se da força do cristianismo. Quando o catolicismo se expande e se alia com a política, os negócios se animam. Onde está o próximo?Tudo se perdoa, para se sentar em tronos de ouro. O Brasil se veste de fantasias falsificadas.para viver jantares definidores de golpes construídos por minorias.

Sócrates tinha razão ao dizer que nada sabia. Imagine se vivesse em Brasília, fosse vizinho de Temer. Há desesperos que circulam. Encontro pessoas que se esvaziam. O número de farmácias cresce, sobretudo nas esquinas das grandes avenidas. Quando a sinceridade não existe, a mentira se sofistica. As reuniões acontecem para fabricar versões e não resolver a quebra da sociedade. Ha quem recorra as finanças adormecidas em bancos estrangeiros. Celebrar a ordem e o progresso é sinal que o pântano é profundo. Não desenhe o que desconhece. A cartografia das manipulações é extensa. Desconfie.

Se está aflito, porém, ainda possui uma vida razoável, troca seu carro, mantém seus filhos com seguro saúde, não fique apático e desista de beber sua cerveja importada. Qualquer vacilação procure pegar um ônibus às 18 horas, daqueles lotados e sujos. Ouça a conversa dos passageiros. Compreenda a saga de cada um. O inferno existe e você não sabia. Há muita gente que acorda às 4 horas e dorme às 23 horas. Trabalha para ganhar o mínimo e suportar as neuroses do patrão. É um teste. Não brinque com a dor dos outros. Tudo é relativo? Talvez, seja. A piedade dos deuses tem limite. Não entre na quadrilha de Ali Babá. Não se descuide dos sinais da história.

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