Imagens permanentes

Se tudo foi construído partir de um modelo, seria problemático pensar a multiplicidade. Não se tem certezas, pois a ideia de começo é tênue, pois o universo conversa complexidades. As curiosidades científicas trazem esclarecimentos, porém a fluidez do universo não se fixa. Pitágoras tentou resumir a complexidade, foi na profundidade dos números. Suas teses continuam impressionando. É importante imaginar que nada está extinto. Os modelos mudam, há comportamentos apavorantes, no entanto não esqueça das permanências.
Marx duvidou do capitalismo e suas contradições massacrantes. Ele leu os antigos, não deixou as tragédias de lado, nem ignorou as metáforas. Freud não se escondeu das tantas reflexões do mundo antigo em pleno modernismo. Suas teorias provocam intrigantes. O ser humano possui muitas obscuridades, transforma valores e se lança no desenho da felicidade e não consegue anular a imagem do paraíso. Permanências míticas são comuns, embora as trevas tentem sacudir as possibilidades de retomar convivências despidas de violência.
Não se trata de uma história que pretenda decifrar enigmas na sua totalidade. Os enigmas se movimentam e ajudam a movimentar a história. Se não há dúvida, a sociedade ganha apatias.Mas se as dúvidas se aceleram o perigo da violência aparece.É a busca da soberania, mesmo que não seja absoluta.Ela está na história, como estão a servidão e a vaidade. Portanto, não trace uma cronograma para todos os tempos. Há quem crie pesadelos, para afastar as simplicidades cotidianas e aumentar o peso da desigualdade.
Escute-se com vozes diferentes. Há medos, astúcias, covardias. As diferenças brincam e confundem. O animal humano estabelece missões.Tudo com cores e sons. Nada é mudo. O silêncio fala, conta segredos, espia a desconfiança dos inimigos. As vias das vidas possuem permanências e mudanças. A lucidez também escorrega. Há os labirintos das cidade antigas. Não desista de iluminá-los.Eles guardam alguma coisa desafiadora. Imagine-a.