Quem perde com a multiplicidade globalizada?

 

Há a insistência,de alguns, em traçar rumos para sociedade atual. Trata-se de uma marca  constante que se aprofunda com a extensão da tecnologia. Ela ocupa lugares do cotidiano, com uma soberania indisfarcável. Não  precisa de descrever muitos cenários, para notá-la governando desejos e desequilibrando consumos. Não é, sem sentido, que se fala, na existência de uma aldeia global. O mundo é vasto, mas os meios de comunicação são poderosos. As notícias vêm de todos os cantos. Divertem, conflitam, despertam.

O presidente Obama diz que as relações estão mudando. É uma opinião, com direções políticas. Ele tem suas propostas e seus adversários. Não afirma nada, sem antes pensar nas consequências. Suas palavras pesam. Promovem debates. Instigam emoções e dualidades. Os Estados Unidos possuem prestígios e, ao mesmo, recebem energias travadas. Estão na ponta do poder, sofrem abalos, porém não querem ceder seu lugar na hierarquia internacional. A questão não é só política. O jazz, o cinema, a literatura, as invenções modernas destacam-se na cultura norte-americana. Portanto, faz-se necessário traçar outra memória, para compreender a dominação.

Obama agita-se, com os acontecimentos no Oriente Médio. Exalta a democracia, pois é costume do seu país se colocar em defesa de práticas despidas de autoritarismo. Muitas vezes, é mais uma disfarce do que uma vontade de transformar o mundo. A época das revoluções vanguardistas  esfumaçou-se. O agora ensina outros caminhos. As circunstâncias mostram reviravoltas, embora as confusões e os interesses vistam , com ornamentos preciosos, o pragmatismo contemporâneo. Os governos, das grandes potências, não desconhecem certas regras, mas se negam a diminuir suas ambições. Apostam na ingenuidade ou na submissão dos outros.

Foi impressionante como as manifestações populares invadiram as ruas e as redes sociais. Derrubaram ditaduras envelhecidas, porém atuantes e violentas. Não surgiram líderes destacados, nem grupos de larga experiência na desmontagem de poderes. Valeram as mensagens na internet. As censuras e os controles não conseguiram bloqueá-las. Elas se fizeram flutuantes e atravessaram fronteiras. Os tumultos se sucederam, para espanto geral. Há, sempre, os atentos que não desperdiçam o ir e vir dos jogos.

Sinalizações denunciam que há portas de vidro nos labirintos. Os que estão de  fora, torcendo pelas transformações, aprofundam os olhares. Obama seguiu a trilha de incentivar a rebeldia, no entanto percebeu que a política se renova. Os instrumentos de ação se redesenham, em lugares onde a religião goza de séculos de tradição. O grito pela solidariedade está nas páginas dos facebooks.  O presidente dos Estados Unidos já se propõe a expandir as tecnologias que instigam a insatisfação dos outros.

O voo é veloz e acidental. O mundo conectado é o assunto do momento. Perde seu anominato nos vídeos, que circulam no YouTube. Espetáculos inesperados. Você pode se tornar, em minutos, uma celebridade. Basta imaginar acrobacias, se lançar, sem cerimônia. O sucesso não é garantia de felicidade, porém movimenta o antes desconhecido. O que mais atrai os navegadores? Questão complicada. O acaso, talvez, responda. Não vacile nos sues planos. Visite outras terras, seja admirado por quem nunca viu. Exista, acompanhado pelos arranhões da desistência.

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