Posts Tagged ‘palavras’

A palavra: seus enganos e suas cortinas

      O mundo está repleto de imagens. É preciso compreendê-las. Quem as despreza se sente fora das espertezas do cotidiano. Mas tudo é confuso, pois os significados não cessam de usar disfarces. Não esqueça que as palavras ainda criam cortinas de fumaças. Não se iluda. As controvérsias existem, não há homogeneidade, as balanças […]

Read the rest of this entry »

Poema da luta e das noites de Scherezade

      Não  há uma ternura  que corteje a violência sem vacilar, ela vive acidentes, perde-se no meio  de acasos, desconsola-se. Quem conta a história não navega num único oceano, mas não apaga  a tempestade, nem se espreguiça na calmaria. O ruído da solidariedade está desenhado em todas as paredes inquietas, não é som, […]

Read the rest of this entry »

Não perca o ritmo da narrativa histórica

  É importante  visitar as fontes. O historiador nunca deve desprezá-las. Visitar o passado traz um diálogo reflexivo com as dúvidas do presente. Esquecimentos podem ser fatais e o jogo da vida pede movimento. O historiador  cuida das incertezas e não deve  se ligar nas tentativas de determinismo. Observe o cotidiano. Não há uma linearidade, […]

Read the rest of this entry »

Quem funda o mundo e a poesia?

Octavio Paz escreve com um fôlego admirável. É o tempo que ele tece ou ele é tecido pelo tempo? Fico deslumbrado. As palavras voam, adormecem, encantam. De onde elas surgem? Estão guardadas no coração do poeta? Sempre desconfiei que o mundo nunca será decifrado. Observo que os mistérios se confundem com as magias. O que […]

Read the rest of this entry »

Descole-se: os anjos usam motos velozes

Confiar nas utopias se tornou uma crença, pois os lutadores estão caindo na lona. Proclamaram-se revoluções, refizeram-se liberdades, esconderam-se violências. A chave da porta principal está perdida. A sociedade aumenta sua população sem encontrar regências harmoniosas para sua administração. Sacudiram os sentimentos no ar, em nome de razões ditas esclarecedoras. Os sistemas se implantaram buscando […]

Read the rest of this entry »

Octavio Paz: a palavra é nua

  Num país em que o presidente sofre pressões inusitadas, os políticos são denunciados, o cinismo ganha corpo no cotidiano, a negligência assume lugar de destaque ficamos tontos com os sensacionalismos contínuos. As dificuldades financeiras da imprensa tornam os escândalos o cerne do noticiário. Fermenta-se um jogo infernal de poderes malditos. As controvérsias se multiplicam […]

Read the rest of this entry »

A história e astúcia

Conte as pedras da história sem sentir o peso, como se fossem metáforas transcendentais e agudas. Não acredite no deus que não dança, nem na sereia que não seduz. Mergulhe no mar da aventura numa embarcação velha, e compare-se com Ulisses inventando astúcias e risos. Não seja objetivo, dispense os gênios da academia e procure […]

Read the rest of this entry »

O verbo ocupar, o substantivo ocupação

              As palavras acompanham as andanças da história. Nem sempre é preciso inventá-las ou mudar sua vida nos dicionários. Ninguém consegue comunicar-se anulando os múltiplos significados que possuem. Os sinais e a mudez podem ser compreendidos a partir de seus malabarismos. Deus não fez o mundo. Ele o disse, […]

Read the rest of this entry »

Kundera, a estética,o mundo: ” a vida não está em seu lugar”

Havia muitas previsões sobre o futuro, depois que a ciência ganhou espaços. Falava-se num progresso com ordem e felicidade. Voltaríamos ao paraíso sem pecado. Comeríamos tudo , sem regras, sem opressões. Somos poderosos, diziam os mais entusiastas. Nem tudo aconteceu com se previa e as relações estão tensas. Será que deixaremos de ser animais sociais? […]

Read the rest of this entry »

Estou por aqui

Pergunto ao tempo o que me incomoda, não me interesso pela resposta, nem me sinto contemplado. Observo que a agonia da incompletude cria  a cultura, e que há regras que levarão depois ao desatino. Desestabeleço medidas e apago fingimentos, com firmeza, nada mais cruel do que um espelho sem moldura mínima. Visito a moradia das […]

Read the rest of this entry »