Posts Tagged ‘palavras’

As narrativas curvas dos sentimentos

Não pense que as palavras ganham sentido no acaso dos desenganos. Cada aventura desmedida anuncia que o sentimento não é o mesmo e que o significado tem histórias e tempos que  invadem o aparentemente inerte. Invente gramáticas, desfaça as linhas retas, deite-se nas curvas inesperadas. Há na vida silêncios que se bastam e narram a […]

Read the rest of this entry »

As leituras de Mia Couto e seus encantamentos

Costumo dizer que a solidão, às vezes, trava a vida. Não significa que devemos curtir sempre os grupos e e as festas animadas. A solidão traz reflexão e nos ajuda a enfrentar muitas armadilhas. Somos animais sociais, não tenho dúvidas. Por isso que estamos conversando com o mundo, mesmo quando escondidos e melancólicos. Falo, aqui, […]

Read the rest of this entry »

O silêncio e as palavras

há no silêncio que encobre a nudez um pacto intraduzível. nem tudo se revela na linguagem, a mudez é o esconderijo das permanências. não se discute a palavra morta na metáfora que deixou o mundo, pois a vida corre para não adormecer os sonhos da animação. cada profecia traz o sinal da fuga desejada e […]

Read the rest of this entry »

A fuga nua

deixei que a força da linha curva me entortasse o corpo, pulei pela janela para me livrar da agonia da memória de um quarto escuro, estreito, abandonado, quase morto. desfazia a vida na tristeza envelhecida e descontínua queria a fuga, o mundo da rua, a nudez sem segredos. as palavras parecem garantir os retornos das […]

Read the rest of this entry »

Os silêncios fluentes

O silêncio é um registro da vida que se esconde,       não nega, mas deixa a dúvida multiplicar a inquietação.       Há no mal dito, o ressentimento que permanece, a última imagem permanente.       O silêncio escreve outras poéticas, reclama o mistério e o sentimento anômino,       não foge, nem significa o ponto final do […]

Read the rest of this entry »

Não pense nas medidas do tempo

Cada mapa desenha um território de encantos e medos. É imposível possuir olhos absolutos e palavras eternas, os significados viajam pelo tempo movidos pelos sustos. Há segredos, mas nunca definitivos, nem com acasos esquizofrênicos, pois a vida não consegue firmar vestígios, consagra a nudez e o desperdício Andar pelos caminhos que não têm curvas e […]

Read the rest of this entry »

O Deus desfigurado

Não invente a luz que descobriu o mundo. o desenho da escuridão não faz esquecer a lucidez e refazer os traços claros do sonho. Deixe o corpo solto deitado num voo sem fim, assim se compõe a sombra do paraíso. Cada gesto anuncia o significado dos gigantes escondidos nas esquinas dos labirintos. Invente palavras, desmonte […]

Read the rest of this entry »

O tempo: os olhares da vida, as profecias do corpo

Com a morte, tudo que respeita a quem morreu devia ser erradicado, para que aos vivos o fardo não se torne desumano. Esse é o limite, a desumanidade de se perder quem não se pode perder.( Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis) A citação inicia o texto  com uma propriedade incomum. O belo […]

Read the rest of this entry »

Desenhar o infinito, inventar as palavras

O desenho do infinito pode não existir, mas navega nas imaginações inocentes e vadias. Cada traço compõe um universo de forma singular. Cada curva anuncia uma eternidade sem paraísos. Não há  coisas sem lugares, flutuantes e anôminas. Narramos o que não vemos, envolvidos no sentimento. O desenho do infinito é a moradia do desejo, da […]

Read the rest of this entry »

Quem se compõe na metáfora?

a imaginação não perdoa a ausência de metáforas soltas, a vida não pode ser a esperança de um espelho num cinema abandonado. as transgressões trazem a surpresa e cortam a monotonia da mesmice, o mundo pede que os desenhos se alterem, mesmo que o perdão se estenda. não há como adivinhar futuros se todos caminham […]

Read the rest of this entry »