Venenos estranhos
Nada terminou.
Lá,no fundo, há muitos sobreviventes e não aconteceu o fim do mundo.
Enganos fatais, venenos carnavalescos e travessos.
Tudo é uma ilusão labiríntica, um imaginário coletivo e anônimo.
Deus prometeu o inexistente, criaturas soltas traumatizadas pelas intrigas que se escondem no pecado de Adão.
Não se despeça, nem fuja, desacreditando dos anjos guardadores do acaso,
tente escrever sua história sem a nudez das sepulturas e o peso do julgamento.
Nada terminou, se o suicídio anuncia a possibilidade do desespero e Camus não nega o absurdo e a rebeldia permanente.
Não esqueça que o corpo conhece o perfume do pertencimento e se distrai com o delírio da madrugada infinita.
O veneno é o desejo do apocalipse que não chega.
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