A palavra golpe e o poder
A política continua buscando cenários repressivos. Deveria ser criado o ministério da insegurança. Todos se habilitam a encontrar planos salvadores, mas terminam justificando cargos e tramando injustiças. Raul conversa com Michel que conversa com Segóvia que faz discurso afirmando a força da polícia federal. Discursos medíocres de pessoas que cumprem trajetórias nada simpáticas. Mudam de partidos, querem ganhar espaço, custe o que custar. Quem sabe se as indústrias de armadilhas aproveitam para globalizar fantasmas fascistas? Não se explora as agonias dos inocentes?
O desmantelamento da sociedade é profundo. O mundo se enche de drogas, de guerras, de pragmatismos, de lavagem de dinheiro. Saramago tinha razão. Vivemos como animais perigosos e vingativos. Por que prometer solidariedade? Prevalece a competição, a destruição do outro. Pune-se por uma copo d’água, compra-se voto, inventa-se julgamento.Numa crise monumental, chora-se por auxílio-moradia. Há um golpe em cada esquina, porém o cinismo supera qualquer crítica. Apesar das muitas falcatruas, ninguém quer sujar a camisa com tintas amarelas.
O Rio de Janeiro não é a capital de violência. Ela se espalha, forma cidades miseráveis, ruas esburacadas. O país padece,. Acompanhe a visita de Mendonça ao estado de Pernambuco. Financiamentos foram feitos, demissões consumadas, um curral eleitoral se expande agressivamente. Como não ter receio se os debates são censurados e democracia assiste a um velório sem fim? As palavras tentam marcar presença para denunciar, porém o temor persiste e a mídia se revela dúbia. Aumenta-se a venda de lexotan.
Analisar a história não deve ser um jogo lúdico que favorece a grupos predatórios. A disputa não foge, ele usa recursos sutis e consegue manter ilusões. Há quem defenda a volta da ditadura e fique perplexo com a inteligência de um tal Jair. A lógica é poderosa e encanta os mais ambiciosos. Huck diz que renuncia às suas pretensões, recebe ordens da Globo ou comunicou-se com Aécio. Alguma coisa circula. Será um novo golpe? Não vamos ressuscitar psicopatias ou síndromes antigas. Temos tempo para refazer a vida e não temer a morte.
You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.