O mundo e o jogo vivem alegrias e tensões do coletivo

Nem tudo se foi para o abismo das frustrações. Há suspiros e risos aliviados que trazem alegria. O mundo está submerso em muitas crises e desenganos. Existem, porém, espaços para reverter fracassos e viver a força do coletivo. Se a esperança nunca vem sem o medo, cabe a sociedade transformá-la em ânimo constante, independente dos obstáculos. A construção da cultura é repleta de ambiguidades. Quem pode esquecer dos lamentos e das críticas da Escola de Frankfurt ? Adorno foi firme ao mostrar os limites da massificação contemporânea.

O resgate dos mineiros chilenos foi um espetáculo inesquecível. São feitos que devem ter suas imagens divulgadas sempre. Chega de estar vendo violências, ataques, debates vazios, jogos apáticos! É preciso afirmar que a solidariedade emociona e liberta. A pressão da sociedade de consumo é mesquinha. Não contém a odisséia de pessoas, em torno do que parecia impossível. A persistência vale, para mostrar que tecnologia não serve apenas para fabricar bombas e explorações.

Na França, a população reage às reformas do seu presidente. Ele quer apagar a memórias das conquistas sociais, fazendo economia em cima das perdas dos outros. É uma manobra terrível do liberalismo.Esvazia a política. Multidões foram as ruas e a tensão não se desfez. Antes, foram os ciganos que sofreram com atitudes nada humanas. Esqueceram os ideais de fraternidade?  A história é uma calça azul suja e desbotada? O rompimento com certas tradições não podem ser aceitas.

E o futebol como anda? O Náutico promete não cair no vulcão e o Sport perde jogos fáceis. Cada vez mais, se distanciam da classificação, enquanto o Salgueiro se organiza para chegar a séria B. Contrastes que fazem as competições atiçarem as surpresas. O Santa cai nos dilemas administrativas. A eleição, para presidente, é o foco maior. As indecisões continuam e todos aguardam propostas concretas. Esperamos que as discussões não sejam religiosas, com carta de compromissos medievais. Levantar o Santa modificará o futebol pernambucano. Sua torcida está carente e com razão.

Na série A do Brasileirão, as disputaw estão quentes. O Santos  se reanima, depois de tantas novelas com Neymar no papel principal. Venceu o Internacional e segue desejando ser campeão. Domingo, enfrenta o São Paulo. Um clássico de enormes expectativas, para todos, pois se o tricolor se afinar, teremos reviravoltas nas profecias. Quem está numa gangorra quebrada é o Corinthians. Dispensou Adílson, tentou Parreira. O pior: o Vasco não teve cerimômia e fez a festa no Rio. O Timão se encosta desespero. Ronaldo garante voltar para enxugar as mágoas.

 O mundo não se cansa. Muita gente, indo e voltando, nos acena para a complexidade do viver. Imaginar a harmomia universal é ficar no reino das fantasias desencontradas. Os choques existem, os egoísmos não se escondem, as ambições se exibem. É uma mistura desafiante. Os duelos do bem contra mal são ressuscitados, mesmo no ritmo das mais astuciosas hipocrisias. Temos que nos olhar, com cuidado, beber na fonte das águas transparentes, desconfiar do riso fácil e das promessas de um pragmatismo cínico.

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