A sociedade se diverte com suas banalidades

 

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Parece que as notícias surgem do acaso. É possível dizer tudo. As comunicações são imediatas. Causam sustos, mas divertem e entram nos assuntos. Não importa o banal, nem o espetacular vazio.Há espaços para  o deboche e peraltices nada comprometidas. O presidente Jair afirma que existe um anão que lê seu pensamento e transmite sua fábrica de mexer com as ingenuidades. Esperteza não falta. Talvez, canse a maioria. Não se engane.Ele tem sua plateia que o idolatra. A sociedade carece de reflexão, busca sanar seus problemas, sem abandonar o individualismo feroz.

Jair dá conta dos sentimentos dos fãs das brincadeiras perversas. Muitos se amedrontam. Será que o abismo nos espera? Somos amigos do Trump? Temos curso de diplomacia em lanchonetes? Quem respeita as sandices de Jair? A política segue, festejando reformas que valem milhões. Protegem minorias, apagam dívidas das empresas, prometem tomar as terras dos indígenas. Será que vivemos alucinações diárias? Tudo isso gera provocações. A sociedade se encontra marcada por passados ambíguos e joga fora projetos de futuro. Consagra o inútil,  usa o verniz da superficialidade. As hienas passeiam pelos asfaltos e curtem a frescura das agências bancárias.

Colocar a culpa em quem? Houve eleições, as escolhas acontecem. Não adianta sacudir tudo no cartório da família Bolsonaro. Ela não está só, sobrevive com bajuladores animados e religiões soltas. Valem o mercado, as trocas, o poder de explorar. O governo cultiva interesses, faz alianças, promete o novo, porém mantém as corrupções e ri de quem se rebela. Observem as votações no Congresso, os debates, a falta de responsabilidade social. Quem aposta que, um dia, Jair se afogará na sua própria lama? A solidão veste aqueles que menosprezam as verdades?

Criticar faz bem, nos ajudar a medir os desajuste. A história não nega que as violências sempre estiveram presentes. Inventam-se utopias. Precisamos de respirar e abandonar as poluições tão negativas. A banalidade se vai para quem quer outras concepções de mundo. Há, no entanto, pessoas satisfeitas, amigas das turbulências, admiradoras de orações de profetas satânicos. Os paraísos ficam longe e os cálculos são seduzidos pelos movimentos das bolsas de valores. Aprofundar-se nos contrapontos é um consolo, para quem pensa que a desgraça mora próxima. A globalização abriu espaço para desigualdades, aumentou o número de refugiados e sacrifica sonhos. A dor está em toda parte.

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1 Comment »

 
  • Rivelynno Lins disse:

    …as negatividades se multiplicam, o universo mentiroso e irreal é produzido pelos meios de comunicação mercenários, as pessoas consumem as mentiras e refletem sua indignação, muitas vezes, sem crítica alguma. Há os grupos que sabem o que é mentira e o que é verdade, mas como entusiastas de um governo repressor propagam e inventam mais mentiras pelas redes sociais e grupos de WhatsApp. Há os bobos e os ingênuos que acreditam nas mentiras, há também os canalhas que entendem que a manipulação está ocorrendo, mas se omitem em conte-la porque são cínicos, mal caráteres e defendem seus interesses de classe. Afinal, este novo governo nunca promoveu tão bem a desigualdade social como agora, tendo como cúmplices a tv aberta, o judiciário e grande parte das instituições públicas, como a polícia federal. Assiste-se de forma bestial a implantação de práticas pouco republicanas, estas negam direitos, descumprem leis constitucionais sem nenhuma contrariedade efetiva. Vivemos um momento distópico, as desigualdades sociais são anunciadas meticulosamente de forma cínica e levemente bem-humorada, como a única solução possível. E assim,a banalidade do absurdo é reverberada, o seu sucesso se dá na fórmula a repetir entusiasticamente que a culpa é do governo passado,ao quebrar o país economicamente de forma irresponsável e inescrupulosa. Logo, um grupo militantemente se levanta e aplaude com galhardia o desmonte nefasto do estado de bem-estar social inicialmente implantado e muito bem avaliado pelo antigo governo…

 

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