Os toques do mundo
Nos alardes da fragmentação, o mundo parece viver numa constante explosão.
Não adiantam os remendos, nem memórias que tragam vestígios de paraísos.
Tudo corre solto como um decreto que convoca a soberania da solidão,
envolvida num manto bordado com as mentiras e verdades do exílio derradeiro.
As palavras transformam significados, querem o avesso, o fluir da vida, o inesperado..
mas algo aprisiona as últimos sentimentos, com um pranto colado numa estranha.voz.
Cada momento vende novidades fortalecendo as trocas, escondendo os disfarces.
As perdas podem estar na esquina da avenida central ou no coração da praça do interior,
não importa que se anuncie o caos e a violência, pois os pesadelos firmam dores indefinidas.
O mundo é a possibilidade de abrir abismos e esquecer que o tempo envelhece o desejo.
You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.