Quem se esconde, quem se revela, quem desiste?

 

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Faça a sua escolha. Não gosta de sair, esconde-se no seu labirinto, então não negue que a solidão é gostosa. Siga suas aventuras, mesmo que desconheça o caminho mais fácil. Curte o balanço, não esquece o celular, desenhe seus rastros no quarto íntimo, não se sufoque. Solte as amarras e procure companhia para enganar qualquer dor. Difícil é ficar quieto, jogar-se na mudez. Tudo se movimenta com rapidez. Ligue a TV e veja. O mundo bebe tudo, se assanha com drogas, não se convence de que o acaso é uma armadilha e deus não sai de seu flat. Portanto, a localização de todos é sempre móvel e inquieta.

As tecnologias assombram, porém possuem alto poder de sedução. Quem não vende sua imagem nas páginas do facebbok em busca de boas energias? Há amarguras, mas sobram terapias. A nossa incompletude pede emergências, solicita novidades. Visitamos salas escuras acreditando em cores mágicas e corpos deformados. A temporada das iluminações não se dá sem a ajuda de perguntas. Não há como esgotar o real, fazer da ciência um saber neutro. Bombas se espalham nas guerras, religiões descobrem-se nas maracutaias políticas. A sociedade treme e deslumbra, suporta ambiguidades contínuas. Já comprou o seu tapete magico nas Lojas Americanas?

Temos leituras da cada ato. Precisamos de olhar os outros, porém não cansamos de sentir que a vida é repleta de  abismos ou pântanos. Escolha? As concepções de felicidade são obrigatórias. Há euforia que engana. Se  o consumo invade cada momento, não há como sacudir fora os espelhos. Somos o que temos, mesmo que  as descobertas intelectuais nos orgulhem. A ordem é acumular. Cuidado! A beleza não é aquela de Picasso ou de Da Vinci. Ela diz de um narcisismo especial que se une as páginas múltiplas de uma revista virtual. É uma outra história que atiça outros sentimentos. Já imaginou o vídeo da próxima cirurgia de Bolsonaro?  É um orgasmo para as redes sociais.

Os territórios do mundo estão divididos. A desigualdade existe e não há descrença que desbotem de vez  a política. Uns dizem que o socialismo é autoritário, outros acusam as manobras do capitalismo. A confusão e geral, porque a solidariedade é escassa e a Venezuela se mudará para provocar Guedes. Portanto, as interpretações se afastam da  profundidade e o Homem Aranha não recusou cargo na Polícia Federal. O importante é  a manchete, o jornal que ganha sacudindo verdades suspeitas, anunciando gelo nos trópicos. Quem se revela? Quem se mostra na interioridade.? Mas os desgovernos continuam: assassinatos, suicídios, milícias, arrogâncias, dólares perdidos em propinas vazias. Cada um segue uma estrada. Desiste de inventar saídas. O ir e vir das noites e dos dias pare escândalos. E daí?

 

 

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