A memória malabarista
Há momentos que se fixam e reaparecem com inquietações.
A vida não cessa de mostrar-se misteriosa, ferindo ingenuidades gratuitas.
Não adianta testemunhar histórias que são esquecidas, nem tempos desenhados no calendário.
É preciso que a desconfiança limite o sentimento para que a verdade se sinta despedaçada
e o mundo pareça uma tempestade que desfaz invenções e apague origens.
A memória indefinida fala do tempo que se eternizou inesperadamente na imagem do silêncio.
Compreender-se com tantas perguntas é mentira da escrita arrogante,
escondida na brincadeira que nos balança numa aventura desconhecida e sem fim.
Quem se desmancha na dor do corpo pensou que a culpa apenas distraía os deuses,
não mediu os ruídos do desespero, nem o desencanto do absurdo.
PS: Voltarei com novo texto no dia 5 de março. Abraços.
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