Latest Publications

Rei morto, rei posto: a seleção se renova

Mano Menezes anunciou a convocação. É ,sempre, momento, de acirrar divergências. No entanto, a renovação esperada aconteceu. Nomes nuca chamados e outros já conhecidos pelo público. É a partida para Copa de 2014 e a possibilidade do penta.

Tudo isso gera expectativas. Atiça o noticiário e os filósofos da bola. Há jogadores de talento indiscutível. Há os que precisam de tempo, para se entrosarem com as responsabilidades do projeto tão cobiçado.

Dirigir a seleção brasileira de futebol requer muita sagacidade. Não basta, apenas, ser perito na arte das táticas e nas artimanhas dos adversários. Existe uma intensa mobilização em torno das ações do técnico. Não cessam críticas, nem conselhos.

Mano parece ser hábil na convivência. Teve passagem pelo Corinthians, sem estardalhaços, resolvendo as brocas com paciência. Não foi uma fase rápida, nem muito fácil. Manteve seu esquema de trabalho e deixou saudades.

A CBF é poderosa. Ninguém desconfia disso. A Copa de 2014, suas articulações e suas gigantescas obras enchem Ricardo Teixeira de instrumentos variados de negociação. Mano enfrentará o cerco das disputas e dos confrontos invejosos, também com os políticos do futebol.

O importante é que as práticas do passado sejam redimensionadas. Vamos lutar por relações democráticas, dispensar as arrogâncias e discutir as questões com transparência. Ninguém almeja a verdade absoluta. O mundo do futebol é complexo e escorregadio.

Há uma torcidade imensa desejando sucesso e inquieta com os desequilíbrios anteriores. A seleção e patrimônio de todos, mas há os escolhidos para orientá-la. Boa sorte, Mano.

A coragem e a ousadia fazem bem. O isolamento e o autoritarismo trazem energias negativas, criam vazios e distanciamentos desnecessários. O entrelaçamento das forças estica o brilho da vitória, redefine caminhos e aumenta a vontade de seguir adiante.