A pós-verdade da superfície e da velocidade

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Os valores tradicionais se despedaçam e causam surpresas. O mundo é complexo. Tecnologias trazem pressa, querem respostas imediatas e exigem praticidades. Fala-se em correr atrás do prejuízo. Não há muita clareza. Cantam as vozes do pragmatismo. Querem vitrine. Olhem Moro. Observe como Jair se comunica. Não se desenha compromissos definidos. Joga-se no ar qualquer coisa. Os jornais estão numa grande penúria. Superficialidade, acusações, falta de criticidade. A verdade se encontra na UTI, pagando seguro saúde e com sofrimentos insuportáveis. Ustra ganha espaço de herói mitológico. E muitos se ajoelham diante de santos nada piedosos.

Não se trata do relativismo, da multiplicidade de interpretações, de teorias pós-modernas. Cria-se uma virtualidade  com futilidades e brincadeiras. As pessoas optam por informações e não se importam em analisá-las. Debocham de forma agressiva e até se vestem com a defesa da tortura. É incrível. Cabe ao PT às responsabilidades pela corrupção. Muitos esquecem que votam em Eduardo, Cunha, Aécio. Nivelam, enganam-se ou se mostram nos espelhos da pós-verdade. As perdas atingem maiorias que abandonam as reflexões para navegar em euforias passageiras. Dureza ou cinismo? Não sei, porém as estranheza tocam o infinito.

A mercadoria se expande iludindo os mais inocentes. Há quem espere melhorais salariais, num sistema para o uso e abuso de políticas nada saudáveis para os trabalhadores. Prometem exterminar direitos e aumentar promessas de empregos. Parece que a política se tornou uma crença. Não há debate. As verdades sem substâncias passam a ser veneradas. Tudo é doutrinação. Ameaça-se o ensino. Desqualificam professores. Entraremos nos dogmas medievais? Quais as religiões que manterão seus poderes sem o auxílio da grana? Fabricam-se violências justificadas, incentivam as indústrias de armas para neutralizar a violência. Muito delírio!

Portanto, as palavras podem registrar mágicas mesquinhas. A verdade tem cores de espetáculo. A política é uma disputa para abrir a porta do capitalismo de forma escancarada. Mas a sociedade não se congelou. Os ruídos exitem e as desconfianças não se foram. Não sabemos o sentido da história. Já tivemos  Marx, Vargas, Descartes, Goethe, Elvis Presley, Pitágoras… Muitas formas, prensamentos, excessos que atravessam vidas e se firmaram por um certo tempo. Não há como fixar políticas para sempre. Tudo treme e o medo não é uma ficção. Resta duvidar e não fugir. Os sonhos não se esgotaram dentro da nossa perturbada incompletude.

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