O mínimo do mundo
a página é branca
o coração, vermelho
a palavra, cristal
as imagens levitam
não têm traços definidos
são lembranças de todos os desejos.
o mundo é azul
o eu, uma parte mínima do azul
o caos, o encontro dos cosmos perdidos.
a vida se resume a um rápido olhar que
fotografa o visível do poema
o poema, anotações instantâneas dos
fragmentos inquietos de cultura
a cultura, a despedida amarga e festiva
do ninho da natureza
a busca contínua de fazer falar o que não tem
palavra
para perpetuar o desenho do humano no tempo.
o tempo tem o cheiro distraído de algum perfume
que preguiçosamente se fixou na memória
a cor e a forma de todos pecados que ficaram no paraíso.
PS: A poesia aparecerá no blog de forma passageira, atendendo a voz do acaso. Um pausa para respirar outras sensibilidades.
You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.
Que lindas imagens! Obrigada por dividir conosco a beleza que invade sua vida, seu cotidiano. A poesia será bem acolhida no mundo de Ulisses, pois ela também é potência do humano.
Natália
A vida é uma multiplicidade.
bjs
antonio