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Bolsonaro não está no vazio

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A grande ilusão de se achar dono da verdade traz ameaças. Não se descuide de Jair. Ele faz das tripas coração e possui poder de convencimento. Não esqueça que a mídia seduz. Há quem aposte nas suas concepções. Os torcedores do autoritarismo conseguem espaço e reforçam barbaridades. A sociedade divide-se, não se esconde do fascismo, nem apaga a ditadura. Para muitos é uma questão de sobrevivência. O ser humano não é angelical. Bate forte. Observe as guerras e o cinismo que encobre as corrupções. A atmosfera é pesada.

Dizer que Jair é uma aberração é condenar muitos com discursos passadistas. Portanto, os feitos democráticos possuem seus inimigos e os ressentimentos não deixam de estar presentes. Ele salta obstáculos, mostra atrevimentos, mas há quem fique calado e o aplauda com entusiamo. Análise as alianças, as dificuldades de Ciro, os discursos do PSDB. A confusão é imensa, porque os projetos procuram responder aos valores do mercado; PSB, PC do B, PT estão tropeçando. Lula se torna uma voz que parece purificar tudo. Há complexidades até nas pesquisas eleitorais.

Há quem apague o cotidiano.Estamos numa sociedade que exalta o consumo, não respeita a solidariedade, concentra riqueza. Querer que Bolsonaro não tenha público é uma ingenuidade. É preciso mostrar que ele  é um produto. Ele forma seu circo,  agrega  intelectuais, vive dramas bem ensaiados. Mete medo, pois espalha coerências confusas como se desejasse salvar o mundo. Para os que o admiram se fez um mito, celebra tradições, merece cantos e elogios. Não é apenas ignorância.Interesses ganham religiões, partidos, latifundiários. Os ruídos estão em toda parte.

As eleições caminham sobre o obscuro. Não podiam ser diferentes da convivência que nos cerca. O passado histórico conta muita coisa. Ficar no agora é uma tolice. Já houve ameaças fascistas em outros tempos e o autoritarismo assanha muita gente. A insegurança sacode as ideias, bestializa, inquieta. Na hora das escolhas a tremedeira convence que é fundamental prestigiar quem alimenta um discurso de destemor. Os enganos acontecem, as minorias não se cansam dos privilégios. Bolsonaro não é o demônio do apocalipse. Reúne quem gosta da  opressão. Eles são muitos.

Quem se lembra dos Estados Unidos nos anos 1960?

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Sou atento , não fico viajando nas coisas do passado de forma fantasiosa. Mas há décadas que me fascinam. Não cesso de retomá-las e sentir a sociedade pulsando. Nada está encerrado, a história não morreu e o mundo se balança. No entanto, o pessimismo é grande. Volto para os anos 1960 que tanto admiro. A leitura do romance de Paul Auster, 4321, me animou a atiçar a memória. Lembro-me de vivências, dos cercos da ditadura militar, das conversas e dos medos. Apesar de tudo, as rebeldias aconteciam e me faziam sonhar, mesmo com os atos institucionais violentos.

Fujo da Brasil. Entro no clima do romance de Auster. Analiso os Estado Unidos, o banho de sangue, muitas vezes, esquecido. As guerras civis frequentes, a luta contra o preconceito racial, o ódio dos conservadores, as revoltas estudantis. Os norte-americanos dividiram-se, a rejeição ao capitalismo possuía adeptos. Kennedy se foi. os negros reagiam aos ataques do governo. A sociedade parecia se dissolver, tensa e incerta. É interessante como essa memória é riscada, como abandonam as ideias da contracultura, sacodem no lixo  tanta luta e alternativas políticas!

Penso. A memória estimula o conhecimento das diferenças. Lá estavam os romanos conquistando o mundo, lá estavam os fascistas fazendo aliança com os católicos, lá estavam as tristezas dos exilados por perseguições constantes. Quando nos fixamos no presente, justificamos a necessidade de desprezar histórias velhas, caímos num abismo de uma alienação perigosa. Estou focado nos Estados Unidos. Recordo-me de Luther King, dos protestos das mulheres, da busca de comportamentos novos, da experiência com drogas, dos ruídos de Woodstock.

Quem celebra paraísos termina neutralizando suas emoções. A questão da democracia está além das idas e vindas de um só país. Nada tem quietude, nem a massificação idiotiza para sempre. Olhe as brechas. O Vietnã merece longas páginas. A sociedade norte-americana compreendeu a ameça, sentiu a derrota. fragilizou-se. Foram anos de desconsolo, de dúvidas, de atrocidades. Portanto, o agora é fundamental, porém cuidado com as desconexões. Há aprendizados, migrações, descontroles,fomes, dissonâncias. Não se engane. A coragem não dorme, se agita.

Não perca o ritmo da narrativa histórica

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É importante  visitar as fontes. O historiador nunca deve desprezá-las. Visitar o passado traz um diálogo reflexivo com as dúvidas do presente. Esquecimentos podem ser fatais e o jogo da vida pede movimento. O historiador  cuida das incertezas e não deve  se ligar nas tentativas de determinismo. Observe o cotidiano. Não há uma linearidade, aparecem surpresas e a melancolia brinca com certos disfarces. Há muitos mundos. A narrativa busca os ritmos dos sujeitos e os riscos das frustrações. A história é invenção e a palavra,sua companheira. Daí, a literatura transformar concepções apáticas de historiadores adormecidas nas fontes.

A reflexão anima o conhecimento de autores, mas é fundamental não criar idolatrias. Há escolhas que fogem do lugar comum. Ninguém consegue resumir tudo ou fabricar uma síntese definitiva. Foucault trouxe temáticas e pesquisas que abalaram estruturas consagradas. As contribuições de Guattari, Castoriadis, Baudrillard, Certeau, Benjamin também modificaram olhares já desbotadas. Não menospreze as questões políticas de maio de 1968. Viver e contar se entrelaçam. Não é a academia que tem respostas supremas ou altares insuperáveis. Os acasos existem para tumultuar quem se sente dono de verdades e amantes de ídolos.

Somos muita coisa que vem dos tempos vividos. Nem percebemos que elegemos rigores,porque sofremos perseguições ou fomos destratados. Há saltos, porém as permanências trocam de cores para confundir. Portanto, é bom não apagar as curvas. Tropeços surgem, escorregões desfazem caminhos e a aprendizagem é contínua. Acumular saberes é um desafio, desde que nos situemos nas armadilhas das diferenças. Paul Auster, no seu último romance, enfrentou com ousadia a multiplicidade da história. Alguns o criticam, pedem regras, consagram gramáticas apodrecidas. A narrativa histórica quando se distancia dos argumentos positivistas se aproxima da complexidade da cultura.

Escrever é uma ousadia afetiva, Quem se descuida da força poética das palavras se distrai. Perdeu-se a musicalidade das narrativas em nome das fontes? Dizem. A história deve alargar suas aventuras, não fechar o cerco em autores ditos messiânicos. Descartes já se foi, pertenceu a uma época e teve importância para modernidade ocidental. Marx mostrou a crueldade do capitalismo.As formas se atrevem a conviver com outras geometrias. Gabriel, Calvino, Paz, Mia ajudam na articulação do pensamento, conjugando a lucidez com o lúdico. A arte testemunha a possibilidade, inverte expectativas. A vastidão de perguntas existe e não se afasta. A viagem de Ulisses foi uma tentativa de respondê-las, mesmo que as sereias dessem ritmos às suas agonias. As sereias não morreram, os mares são infinitos.

A aldeia global gira a solidão

 

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A sociedade gosta das novidades. Não aprofunda a razão da inquietação constante. Não observa a superficialidade do mundo das mercadorias. Passeia pela rua com medo da violência e se refugia na lojas para se distrair e sonhar com o consumo. O cotidiano é melancólico, porque há muitas permanência e poucas ousadias. As novidade não evitam os medos. Existem as religiões que negociam o sagrado de forma infame. Querem poder, emissoras de rádio, cargos políticos. É o transtorno e a lucidez se embriaga, lembrando-se das festas de Baco.

O mundo repleto de comunicações brinca com a subjetividade. massifica até a dor para facilitar a venda  e divulgação de produtores salvadores. Portanto. a solidão se disfarça, pois é preciso ter pressa. Continuamos cartesianos, depois de muitos séculos. A história não responde as nossas perguntas, nem queremos aprofundar questões. A vida se reparte e o trabalho alienado ganha adeptos. A grana está no pedaço e as loteia, prometem milhões. Não há como derrubar um messianismo que emociona as pessoas.

A aldeia global não dispensa moda. Não faltam espelhos, nem objetos estranhos. O importante é celebrar a possibilidade do futuro. Não se percebe as diferenças, tudo se transforma num discurso poderoso. A felicidade é também uma mercadoria. Ela é valiosa, se estende pela cultura. Cada um faz sua ilusão e se entrega. Deixa a crítica e tropeça. O momento vale sacrifícios, desde que amanhã a vida flutue. Os meios de comunicação garantem notícias escolhidas para consagrar certos tipos de aventuras. Quem não segue uma fofoca surta?

As bombas são sofisticadas, os celulares cheio de aplicativos, as paixões se aliam com as fugas. É difícil definir porque se inventou o pecado original. A história não abandonou a sua complexidade. Temos teorias. Foucault, Freud, Marx, Buda, Lacan buscam explicações. Muitos intelectuais  curtem as vitrines, fundam academias. vislumbram saídas. Há altares para o profano e fantasias racionalizadas. A aldeia global gira. Lá fora alguém me chama para dividir a solidão. É o eclipse tomando conta da noite.

O jogo ensaiado das alianças políticas

 

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A escalação de um time de futebol revela disputas e ascensão de ídolos. Promove debates ferrenhos e troca de insultos. Criam-se facções, torcidas organizadas. São as paixões e as agonias do cotidiano se misturando. Uma confusão já conhecida. Mas observe as eleições no Brasil. Elas estão repletas de instabilidades. Parecem um grande negócio que movimenta milhões sem considerações éticas.Tudo ganha manchetes, ofertas de cargos e Maquiavel é lembrado com rápidas leituras. Ninguém sabe se os apoios vingarão. A tensão cresce e a população desacredita.

Ciro sente isolamentos. Não consegue convencer, apesar de seus estudos e análises. Reclamam do seu temperamento, esquecem suas promessas de mudar o Brasil com reformas bastante badaladas. O Centrão negocia até a alma. As concepções políticas morrem de susto. As eleições retratam a lógica capitalista. Isolam quem aposta na dignidade e soltam reflexões nada saudáveis de fascistas em busca de consagração. Existirão uma abstenção enorme e uma apatia nacional ? Um futuro que deixa o Brasil numa encruzilhada. Não é novidade, mas amargura colonial.

A candidatura de Lula continua trilhando tribunais. Ele tem popularidade, porém há dúvidas sobre sua libertação dos julgamentos. O PT não definiu suas alianças. Sofre pressões, faz passeatas, grita contra as denúncias da imprensa. Situação pantanosa, com esperanças na vitrine cheia de opiniões desiguais. E o PSB? Quem deseja fazer pacto com as suas vacilações? Reinam certos silêncios que fragilizam seus líderes. O dia das eleições se aproxima, contudo a falta de planejamento é visível. Quem sabe se existe uma literatura sobre bons costumes? A soberania é do cinismo que  se alastra como uma epidemia. Escraviza com disfarces desmontáveis.

Quem pensa em transformar a vida social? Os partidos menores retomam ideias , relembram os males do capitalismo, são encurralados pela força da grana. Marina é uma esfinge.O PSBD, com manobras antigas, gosta das teorias de FHC. Tudo se monta num fio estreito em busca de equilíbrio. Mas o jogo é intenso e descarta regras claras. Os manias do passado não se foram. Mendonça, Paulo Câmara, Temer, Renan, Jair, Rodrigo não cedem posições e negam qualquer negatividade nas suas ideologias. Há um cansaço geral, cores desbotadas ilustrando as imagens flutuantes. Quem ousa exaltar a autonomia? Ainda comentam que o futebol é a raiz do ópio brasileiro.

Nas metáforas de Kafka: o humano de muitas formas

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Quem se prende no homogêneo esgota a imaginação. O sossego é sempre passageiro. A vida contemporânea pede inquietação. Há mistura de formas, o invisível atiça a subjetividade e os dias ganham uma velocidade inesperada. Nem todos percebem. Daí, a história possuir atmosfera de acaso, mas não assombrar os apáticos. Há quem se debruce sobre o passado como algo morto. Não quer a nostalgia, porém resmunga com as intromissões da tecnologia. A literatura ajuda a desfazer o comum. Ela puxa a imaginação, inventa palavras, exalta a heterogeneidade, sacode a memória.

Há escritores que surpreendem, nos deixam extáticos. Quem nunca leu Kafka perde muito das emboscadas da vida. Não estou caindo no negativo, celebrando o pessimismo. Desejo fugir do lugar comum. Leia A metamorfose e pense. Kafka transcendeu seu tempo. Os homens não são sonhos terminados. As metáforas criam significados, vestem roupas fora da moda. De repente, sou um isento.Tenho que abrir outras portas, visualizar pesadelos que pareciam findos, escutar lágrimas e apelos nunca vistos. Sinal fechado? Juízo final?

A vida muda não, necessariamente, nas dimensões corporais. A imaginação nos leva para abismos. Sentimos angústias, nudez dos desamparos, ouvindo ruídos de carros ou conversando com o amigo na esquina. O controle dos atos não é fácil. Desperdiçamos tempos acreditando numa paixão, entramos em avenidas inóspitas, sem observar o que realmente acontece. Kafka não hesitou. Desmitificou, mostrou o humano absorvido em peripécias, desfazendo-se de horrores inutilmente. O mar das incertezas pode inundar seu quarto,  estimular voos.

A morte, talvez, seja o último medo. Não sei, nem a A metamorfose me responde. Uma história são muitas histórias. Não há covardia que silencie o movimento do humano. Ele é teimoso. lança-se em onipotências, não dispensa afetos. A literatura traz espelhos. Se não quiser vê-los, cairá na banalidade. Portanto, corra o risco. O pior é congelar a ansiedade e procurar traçar fronteiras. Elas não existem. Aprenda com Kafka que tudo não é tudo e que nada não e nada. Estique-se fora das previsões. As baratas sobrevivem sem divindades, na danação dos esgotos.

Os objetos dialogam com a vida

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Inventamos muita coisa. A luta para cobrir a lacuna é imensa. A cultura é movimento. Vai e volta, gosta de desafios. Ocorrem violências, mas também  seduções que encantam, mudanças que mostram inteligências e ousadias. Não há como fechar previsões. Os objetos nos cercam, convivem com nossa aflições, tornam-se companheiros do cotidiano. Criam-se relações afetivas. O carro ajuda a diminuir distâncias, o celular é lugar de conversas, as bicicletas promovem passeios da moda. No entanto, as armas preparam emboscadas, as bombas favorecem genocídios, a grana puxa corrupções. A complexidade  fabrica perguntas e o fim é apenas o começo.

A vida segue, tenho que sentir o impulso dos outros, discordar, amar, envergonhar-se. Os sentimentos desenham inquietos personagens e pouco sabemos das profecias dos deuses. No entanto, a solidão traz questões. As multidões andam em busca de sucesso, querem esquecer as amarguras, trabalham juntando projetos. Nem sempre há alguém para estender a mão e temos que dialogar com estranhos. Forjamos intimidades com quartos, travesseiros, televisões, ruas desertas. O mundo é vasto. Ler suas perplexidade é sinal de esperteza e de ânimo. A cultura avisa que as tecnologias pedem espaços para se formar a aldeia global.

Para além das afetividades corporais, imaginamos situações. Abrimos janelas fechadas, sacudimos fora velharias, apostamos em futuros. Não é fácil. Leia Paul Auster. Ele descreve os acasos, as transformações inesperadas, o poder os objetos. Portanto, a autonomia não é insuspeitável. Convivemos com dúvidas, somos parceiros de sortes, construímos pontes onde existem abismos. O computador nos fornece conhecimentos e fofocas. As redes abalam amizades, antes, perfeitas. Como, porém, deixar de lado a capacidade de inventar e sumir dos problemas mais urgentes? Como ser estrangeiro para aliviar a monotonia?

Não consagremos as solidões, nem desprezemos os objetos. A história nos lembra de passados, lendas, mitos. É impossível decifrar tudo que nos cerca. As luzes acedem e se apagam. É melhor se desfazer de certezas seculares para não montar decepções. Não compare. O barco de madeira não é submarinos atômico. O chapéu de palha não é um capacete de astronauta. Os palácios estão minguando e a arquitetura desempenha funções utilitárias. Não se surpreenda. Tudo representa alguma coisa, os simbolismo nos atiçam e a história nos chama. Concorde ou balance o não. O circo e o pão dormem para curar ressacas recentes.

A política é trem de carga com peso extra?

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Nunca vi tanta facilidade para mudar de lado. Será que o pragmatismo é o pai de todos os males? Não tenho resposta pronta. Sei que a sociedade capitalista é o reino das compras e das armadilhas. Os políticos gostam dessa manobras. Querem privilégio. Há rara exceções. Temer conversa com Cunha. Renan diz apoiar Lula. O PSDB vive dias de agonias. Gilmar solta e dá risadas. Moro não perde a petulância. Por detrás, muitos conchavos. É claro que a desconfiança não resiste. Temos que ficar cheios de nós. O  caos é o forma de ser de uma sociedade colonizada.

O assunto causa sensações na mídia. Há fanatismo entre os jornalistas. A Globo possui um lugar de destaque. Brinca de construir opiniões. Conta sobre interesses, provocar e derrubar quem ameaçar a situação. O jogo não para. As regras se definem de acordo com os atritos. Não é proibido mentir, vale fantasias. Tudo para manter o mercado vivo. A gasolina aumenta, os preços desafiam, o governo se sente com salvador da crise. Os cinismo é marca de remédio ou existe desde as origens do mundo?

Paulo Cãmara busca saídas. O PT de Pernambuco é mestre em fazer cenários. Eduardo se tornou um exemplo, porém há quem suspeite de tanta generosidade. Vejo a ética fugindo. O poder atrai e deixa muita gente perplexa. Será que Marina é mesmo a grande saída? E Ciro tem coragem para enfrentar suas raízes populistas? Como se dará o desfecho da prisão de Lula? Não faltam incertezas e mundo grita confundindo sua aflição com raivas momentâneas. Nada como observar a melancolia de quem perdeu o trem. Ele trilhou a quarta via. Existe?

A política sofre quebras constantes. Isso é um caminho que segue. Quando terminará, ninguém pode prever. Quem é amigo de quem? O jogo é internacional, porque os interesses econômicos pedem passagem. A sociedade despreza o coletivo, busca sanear suas vaidades, acusa o PT de haver criado ilusões. A velho política assume roupas novas. O sentimento de culpa faz parceria com os que se julgam abandonados. Talvez, na farmácia da esquina , existe algum psicotrópico milagroso. Não se agarre ao apocalipse. a Copa do Mundo acabou e a história continua. Acredite

Colonizar é o feitiço de cada dia

 

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Dizem que tudo tem sua época. Não sei. Vejo muitas repetições na história. Muda-se a roupa, mas o corpo continua o mesmo. Houve colonizações gigantescas. A Espanha assassinou muita gente. Portugal não perdeu tempo na escravização e divulgação do catolicismo mais conservador. E os imperialismos mais agressivos? Nem se esqueça da União Soviética, da Bélgica, dos Estados Unidos. Não existiu paz, harmonia. Os confrontos são frequentes e a vaidade se amplia. Mesmo com transformações jurídicas, reformulações sociais, a história não se despediu dos conflitos. As escritas brincam com verdade e mentiras.

A colonização não é apenas a ocupação física. Ele se faz presente. Há pessoas que assimilam culturas diferentes e propagam o discurso da servidão voluntária. Miram-se nos exemplos dos poderosos. Tornam-se pequenos, mesquinhos, subordinados. Os exemplos são muitos, vejam os fascínios de alguns pelas Revoluções Burguesas ou mesmo adoração por ídolos políticos. Há quem curta genocídios, querem imitar figuras deploráveis. Coisa de adolescente? Nada, circulam pela sociedade figuras que gostam de vitrines e acham formas de aparecer. Alguns se parecem inocentes, generosos, horrorizados com a Globo, porém no seu cotidiano suprimem liberdade.

É importante analisar com se fabricam ídolos. Não se descuide. Uns se fazem de vítimas, perseguidos. a psicopatia possui lugares surpreendentes. Escondem-se e conseguem admiradores. O fetiche não é miragem. a contemporaneidade cultiva os seus. A academia não moradia de pesamentos puros. As ambiguidades persistem. Segue-se o discurso de autores rebeldes, contudo a pedagogia é do tempo de Adão e Eva. Portanto, Narciso arquiteta sua emboscadas e desfila sua embriaguez nos discursos mais luminosos. Basta observa a Copa do Mundo.

A história é complexa. Sempre será? Os donos da verdades alimentam odes. Acreditam que a tecnologia  desmontará os tropeços. O futuro é outro tempo ou está nos seguindo? No vasto mundo, as habitações estranham-se, as milícias atuam, as hipocrisias não se aquietam  Há previsões. Talvez, a genética se reinvente radicalmente. Quem sabe se os deuses não renunciarão aos seus domínios? Há segredos. As esfinges se acomodam, criam labirintos. Os que imitam os outros, apostam na fuga da responsabilidade. O caminho quebra horizontes, mas tento defini-lo. Os colonizadores são mestres em simular generosidades. A terra gira e a bola rola.

Quais são as medidas da intolerância e da máscara?

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A sociabilidade sofre ameaças quando as raivas se expandem e multiplicam inimigos. As tensões são irritantes. Ataca-se como uma diversão. As redes sociais garantem anonimatos. Um esconderijo perfeito para quem gosta da agressividade ou se encontra tonto com suas escolhas. Fez greves no passado, acusou o liberalismo, prometeu manter-se socialista e , depois, desiste das utopias e torna-se uma pessoa agitada para detonar quem cogitar  em solidariedade. As emoções são traiçoeiras. Traçando memórias, vemos que novos sujeitos na Historia, envolvidos com políticos nada saudáveis, tentam banalizar as relações poder. Neonazismos frutificam ódios.

Não há sociedade sem ambiguidades. As dissonâncias são muitas. Os perigos são covardias teóricas ou especialistas se aliando aos grande senhores, para lucrar e se congelar com a grana oferecida mostram espertezas? Cada um caminha, sacode poeira, estica suas reflexões. A diversidade é concreta. No entanto, o vaivém é danoso. Nada mais execrável do que o oportunismo. Os arrependimentos momentâneos trazem abalos na confiança. Há figuras que estão no governo vendendo ações para o obscuro. Fixem-se nas manchetes, leiam as análises, acompanhem as astúcias das elites. Segurança zero, esperteza poluída, dez. Quem governa é o crime organizado? Há fingimentos?

Surgem justificativas. Os títulos são colocados como conquista indiscutível. Juristas, ministros, promotores, juízes, doutores, todos e todas incorporando soluções e vaidades. As intolerâncias ganham espaços nas conversas, incomodam dignidades, riscam éticas, invadem parentescos. Há muitos preconceitos sociais. Para isso, existem as máscaras e a aparente falta de lucidez. A sociabilidade treme. Há suspeitas, fotos fabricadas, trincheiras ressuscitadas. Os partidos pensam nas repercussões e mudam suas alianças. Quem aposta em quem? As casas lotéricas podiam imaginar jogos para os azares e sortes dos debates.

Parece brincadeira, mas as amizades somem, os palavrões ofendem, o desfile de ressentimentos é exuberante. A ponte cai, ninguém segura ninguém. Se a mesquinhez prospera, a sociedade se cobre de urgências. O que vale é o individual? Contemplamos os abismos, olhamos os outros, esperamos o acidente ou o milagre. As ameaças são constantes. O simbolismo das reflexões mostram que a intolerância é agressiva. Ela nega sabedorias, quer minimizar egoísmos, busca narcisismos. Algo delirante, repleto de perplexidade. É preciso não se descuidar. As leituras do mundo nos salvam de fatalidades. Ser ingênuo é uma tortura que não se deve assanhar.